Sempre que aqui se abordam questões relacionadas com a Igreja Católica, e em particular o Papa, somos imediatamente objecto de (legítimos, LEGÍTIMOS, Senhor) comentários que nos permitem concluir que:
a) Os não crentes devem abster-se de pronunciar-se sobre assuntos eclesiásticos, mesmo se os crentes não se limitam nas opiniões sobre as questões temporais. O que é de Pedro é só de Pedro, mas o que é de César é de todos.
b) Os não crentes "ofendem" logo os crentes, para isso qualquer mínima opinião discordante sobre o que se passa na Igreja. No entanto, o vocabulário dos crentes e a ferocidade das reacções são "rosas". Os princípios católicos por aqui parece terem aderido apenas ao Antigo Testamento ("olho por olho, dente por dente") e nada ao Novo ("dai a outra face"). Não é que não queiramos contraditório, nem que sejamos rapazinhos de coro (isso é perigoso em certos lugares..., mas isso é invenção dos ateus e maçónicos), mas é sempre importante ver como a catequese caiu em saco roto em certos senhores.
c) Há opiniões mais livres do que outras. As que são iluminadas pela fé são boas. As outras não passam de negrume. Um adjectivo pejorativo na boca de um crente é um conselho, mas na boa dum não-crente é uma blasfémia.
d) Existem seres humanos de primeira, de segunda, de terceira e de não sei quantas categorias. Em primeiro lugar, temos os homens heterossexuais crentes; depois temos as mulheres heterossexuais submissas e crentes; depois temos os homens heterossexuais não-crentes; depois é possível que venham as mulheres crentes pouco submissas; depois, as mulheres não-crentes; depois os(as) homossexuais que atentam contra a não propagação da espécie (somos poucos, estão a ver...); depois os(as) miseráveis que pactuam com os(as) homossexuais; depois as abortadeiras e abortadeiros. À moda da cosmovisão aristotélica dos círculos concêntricos, supomos que Ratzinger está no centro, e todos os outros crentes orbitam em seu redor, enquanto os não-crentes, blasfemos, homossexuais, abortadeiras se contorcem com o fogo dos infernos nas profundezas negras.
e) A tolerância é definida nos termos consentidos pela Congregação da Doutrina da Fé.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário