domingo, julho 03, 2005

Nações de Espanha, 1-Catalunha

O nosso amigo, Mário da Silva anda com a ideia de que a integração de Portugal em Espanha seria um factor positivo para aqui em Portugal atingirmos um nível de vida idêntico ao de Espanha...
Logo neste primeiro ponto não estou de acordo, porque os níveis de desenvolvimento são diferentes nas diferentes regiões e Nações que atualmente pertencem ao Reino de Espanha.
Outro factor são as Línguas, a Catalunha pede a adesão à francofonia; http://www.agal-gz.org/modules.php?name=News&file=article&sid=1998 conta-nos este Portal Galego, que por curiosidade adoptou a Língua Portuguesa como expressão, mas da Nação Galega referirei-me posteriormente, agora quero apenas divulgar um puco da história da Catalunha e desejar a esses nossos irmãos Ibéricos que tenham sucesso na sua luta pela Independência da sua Nação e se libertem do Jugo Imperialista de Castela !
AV2

A Catalunha
É um pequeno e antigo país da Europa, situado a noroeste da península ibérica que recebeu uma profunda influencia da civilização romana, o que lhe caracterizou um marcante caráter latino, sendo que a convivência dos autóctones com os romanos contribuiu com a origem da língua e do povo catalão que desde então se tornou um receptor de povos e culturas distintas.e da península ibérica que recebeu uma profunda influencia da civilização romana, o que lhe caracterizou um marcante caráter latino, sendo que a convivência dos autóctones com os romanos contribuiu com a origem da língua e do povo catalão que desde então se tornou um receptor de povos e culturas distintas.
A Catalunha nasceu, politicamente, à mais de mil anos, como um povo livre entre os Árabes que viviam na península ibérica e os Francos situados ao norte e na idade média consolidou-se como uma nação em meio a duas civilizações que era o islamismo e o cristianismo e que expandiu o seu domínio até Provença, ao norte de Occitânia, Aragão ao oeste, as ilhas Baleares, Sardenha e Córsega ao leste, Valência ao sul e além das fronteiras chegou à Sicília, Nápoles o norte da África e Oriente numa época de grandes potências econômica e cultural o comércio catalão dominou o Mediterrâneo ao desenvolver leis e técnicas diversas, enquanto a poesia, a filosofia e a arte romana e gótica descortinavam em reais momentos de esplendor universal o que tornava a Catalunha a propulsora do sistema federal e democrático.
Durante o renascimento, a dinastia catalã perdeu o seu trono para a Casa Real de Castilha por não ter descendente, mas independentemente deste fato a Catalunha se manteve politicamente independente, e por não ter participado junto com Castilha das conquistas do continente americano aos pouco foi perdendo a sua importância no Mediterrâneo e no ano de 1640 quando da guerra entre Castilha e a França a Catalunha acabou sendo dividida entre os dois opositores mantendo as suas instituições e seus direitos, porém iniciou um grande processo de decadência em virtude do espírito colonizador e centralizador dos governantes de Castilha.
E no ano de 1714 ao serem derrotados durante a guerra de sucessão para Castilha e a França que haviam se aliado, todos os territórios da Catalunha por direito foram conquistados e na oportunidade foi proibida a língua catalã, levando com isto a sua queda nacional e cultural.
E devido ao espírito empreendedor, a Catalunha passou mais de cem anos trabalhando na recuperação de suas características própria que a tornava distinta na região, e ao se organizar com uma grande determinação política a qual floresceu um enorme desenvolvimento industrial e um grande esplendor cultural através de das correntes modernista pelo noucentismo e pela notável arte de vanguarda de seus pintores, literatos e arquitetos, porém este fenômeno de desenvolvimento persistiu em sua organização política e institucional até a desventurada guerra civil de 1936, que trouxe consigo mais de quarenta anos de ditadura e desta maneira a Catalunha novamente voltou a ser aniquilada e sacrificada pelo poder ditatorial, com sua língua sofrendo novamente a proibição e a perseguição de sua identidade cultural catalã e em todo o seu território iniciou-se um brutal processo de repressão, que culminou com o fuzilamento do então presidente da Generalitat Catalana.

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