quarta-feira, julho 12, 2006

Aparelhistas Locais, estão (quase) perdoados!

Estava meio distraído a ver a RTPN quando alguma coisa me soou mal.
Era uma peça sobre o número de assessores na Câmara de Lisboa, que é algo que parece chegar perto da centena, se é que percebi bem.
Há uma senhora com o pelouro do Urbanismo e Juventude que tem uns 20, e depois daí para baixo a coisa melhora mas não muito.
Até a Oposição politicamente correcta vai no barco.
Eu quero acreditar que ouvi dizer que o José Sá Fernandes, vereador sem Pelouro, tem apenas 3 e não 13 assessores como me pareceu de início. Mas como depois falaram em não sei quantos a tempo inteiro, é capaz de ser a opção mais desgraçada. Mas vamos acreditar que são só 3, mais um secretário, um motorista e não sei mais o quê.
A Maria José Nogueira Pinto, neste ambiente, até parece frugal, com apenas meia dúzia de assessores.
Repare-se que alguns destes senhores (ou senhoras) assessore(a)s ganham cerca de 60.000€ por ano e a CML vai gastar mais 3 milhões dos ditos euritos em pessoal do que o ano passado, em ano de contenção que se dizia de despesas.
O mais surreal de tudo foi o Vice-Presidente da Câmara, Fontão de Carvalho (nessa altura já estava bem atento, de tão incrédulo), afirmar que as acusações de excesso de gastos eram enganosas pois no caso dele diziam que ele tinha 19 assessores e afinal ele só tinha 18!!!
E que só 7 tinham sido através de contratação externa aos quadros.
Hãhhh ?????
Portanto, a coisa é do género: "Não, não é verdade que atropelei uma dúzia de velhinhos na passadeira à porta do lar, foram só onze e desse quatro estavam muito doentinhos!"
É impressão minha ou o calor, ao qual já devíamos estar habituados, parece fazer amolecer o cérebro a esta gente?

AV1

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