Envelhecer com direitos?

A segunda figura da hierarquia política local - não, não é o Rui Garcia! - acaba de escrever uma prosa para o agora muito dócil Jornal da Moita.
De seu nome Joaquim Gonçalves, conhecido por um apodo que considero curioso, é Presidente da Assembleia Municipal e, diz-me quem o conhece o que não é o meu caso que não saio da toca em hora alguma, é pessoa afável, simpática mesmo, apesar de não ser assim a modos que uma "águia" em outros assuntos (cf. dique da Moita).
O texto que escreveu é sobre os direitos dos idosos e pensionistas, coisa que a mim me diz muito pois a minha progenitura é efectivamente idosa e pensionista daqueles com pensões dos velhos tempos, um bocadito anémicas.
Mas acredito que, como aposentado antes dos 60 anos e com todas as regalias, JG se sinta um idoso em espírito.
E acredito que é sincero na defesa dos direitos dos velhinhos.
Por isso mesmo é que faz questão de se manter activo, apesar de aposentado e se fez eleger Presidente da Assembleia Municipal, órgão que se reune com não muita assiduidade, mas a cujas reuniões mesmo assim falta com não sei que pretexto, emobora saiba a pretexto de quê.
É que apesar de aposentado, JG continua beneficiar do melhor de dois mundos, ou seja, da condição de aposentado que ganha mais do que eu no activo e da condição de viajante a expensas de programas comunitários, em alegre companhia com os seus antigos colegas de trabalho, no activo.
Acredito, pois, que JG esteja no dia 15 de Julho a protestar no Rossio com o MURPI por tudo e mais alguma coisa e acredito piamente que o faça de forma desinteressada pois, para si mesmo, não há mais nada que possa pedir, pois todos os privilégios lhe são permitidos.

AV1