Depois do brilhantes perfis de Eurídice Pereira e Luís Nascimento, o Jornal da Moita brindou-nos agora, em nome da equidade, com o de João Lobo, candidato da CDU à Presidência da CMM.
Vou passar por alto o currículo académico (a minha má língua impede-me de entrar por aqui sem danos...) e o programa político apresentado, para me deter nas sempre deliciosas curiosidades relacionadas com os gostos pessoais do homem.
A modos que é assim: eu não preciso que toda a gente revele uma erudição e um refinação do gosto acima da média mas, por todos os santinhos, também não preciso que se eleve a banalidade a caixa de destaque jornalístico.
No fundo, JL gosta de bacalhau como 20 milhões de portugueses, não lê como uns 10 milhões (a desculpa da falta de tempo e a fácil preferência por autores portugueses que nem nomeia é a chamada “tanga”), gosta daquele tipo de música que todos os quarentões acabam por dizer que gostam (o sacramental Zeca Afonso, os rebeldes Xutos, os geracionais Trovante, Pink Floyd, Genesis e U2), gosta de quase todas as cores do arco-íris e é do Benfica como 6 milhões de Tugas.
Enfim, sei que gostos não se discutem.
Mas pelo menos podiam não ser tão cinzentinhos.
Sei lá... a referência a um filme decente (não contam os Padrinhos ou o Apocalipse Now), a um qualquer ensaísta ou pensador político, a um poema (do Aleixo e Neruda, por exemplo, também não contam mesmo se forem bons), a uma música em particular.
Também não era preciso aquela verborreia de referências do Sócrates antes das eleições no Expresso.
Mas pelo menos qualquer coisa que se visse e se distinguisse do vizinho do lado.
(Eu cá aposto que se perguntassem ao Rui Garcia, tirando eventualmente a comida, as respostas seriam praticamente iguais).
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