Era a que faltava !

Do Setúbal na Rede:
«Circular Regional Interna da Península de Setúbal ainda em estudo

Diminuir ao máximo o impacte ambiental da nova Circular Regional Interna da Península de Setúbal (CRIPS) na Mata da Machada, lançar novas propostas para que, com o novo traçado, as populações não sejam “divididas ao meio” e sejam também favorecidas pelo “escoamento de trânsito dos seus centros para a nova Circular”, são alguns dos pontos centrais que levaram o departamento de Planeamento e Gestão Urbana da Câmara Municipal do Barreiro a apresentar uma nova proposta relativamente ao traçado da CRIPS ao Instituto de Estradas de Portugal (IEP) em defesa dos interesses da população.»

A Moita já acabou com quase todas as manchas verdes, estando o sobrevivente Pinhal do Forno já engatilhado.
Agora é o Barreiro que, com um ou outro retoque, já está a abrir a porta ao início do fim da Mata da Machada.
Sempre a bem das populações, é claro.
Depois, já agora, fazem-se ali uns loteamentos e, à moda de Palhais, anuncia-se qualidade de vida à beira-Tejo (ou será que isso é na Moita) e acaba-se com o resto.
Especialmente interessante é o parágrafo final da notícia em que se afirma que:

«A Câmara Municipal do Barreiro só prevê vantagens quando a nova Circular estiver pronta, já que à parte do impacte ambiental, que se espera mínimo, mas que é sempre existente em obras desta dimensão, a CRIPS unirá todos os concelhos desta região, reforçando uma ligação rápida entre eles, com todo o desenvolvimento adjacente, bem como melhores acessos à EN10, auto-estrada e Ponte Vasco da Gama, escoando trânsito para fora dos centros urbanos.»

É que até parece que já não existe ligação rápida do Barreiro para a Ponte Vasco da Gama ou que essa ligação atravessa centros urbanos. Ou mesmo que o IC32 não existe.
Enfim, por certo que há algo que me está a escapar nisto tudo.
E já agora o Metro do Sul do Tejo ?
Chega, não chega ?
Passa por onde ?
Ainda há espaço ?
E a nova ponte vai sair do Tejo e passar exactamente por onde ?
Tenho de fazer uns requerimentos, está visto, para ver se me informam a tempo para eu ter opinião, que eu agora é só respeito pelas formalidades processuais do centralismo democrático.
É tudo em papel timbrado de 25 linhas e letra caligrafada.

Gaudêncio Motoreta (especialista AVP em assuntos motorizados)