sábado, abril 01, 2006

Salão de Tiro na Baixa da Banheira

Substituindo a ideia de abrir uma sala de chuto em cada freguesia do concelho, ideia peregrina de algum bloquista, um núcleo de jovens banheirenses, liderados por uma conhecida personalidade local com bastante experiência na intervenção social, propõe a criação de uma sala de tiro na Baixa da Banheira, a instalar numa área do Parque José Afonso, com a possibilidade de criação de uma outra na zona da Baixa da Serra, provavelmente perto do largo onde actualmente se realiza o mercado.
Nesta sala de tiro, numa primeira fase será possível aos fregueses e outros munícipes atirar com algumas regras (3 balas por alvo, num máximo de 10 alvos por dia, e desde que os atiradores mostrem um sorriso do rosto) sobre toxicodependentes, canadianos e açorianos que estejam em cativeiro, depois de serem recolhidos nas ruas da terra singularis.
Numa segunda fase, espera-se alargar a experiência ao tiro sobre mendigos, ciganos, turistas americanos apoiantes do Bush e autores de blogs inconvenientes.
As devidas autorizações já foram solicitadas às autoridades competentes e no espírito da "empresa na hora", a Junta de Freguesia da Baixa da Banheira (pelo pelouro do Ambiente) e Câmara Municipal da Moita (por via do Departamento que tutela as actividade turísticas), já emitiram as que lhes dizem respeito, permitindo mesmo que, como já aconteceu em outras zonas, a actividade se prolongue até à meia noite, por ser considerada de lazer.
Falta apenas a ultimação de um estudo de impacto ambiental, um projecto de remoção dos cadáveres e uma avaliação dos efeitos na população de toxicodependentes, canadianos e açorianos dos ratios propostos para cada atirador, embora tudo aponte para que os espécimes existentes sejam suficientes para manter a sala de tiro a funcionar por bastante tempo.
O responsável pela ideia sente-se orgulhoso pela forma criativa como a Baixa da Banheira irá encarar esta situação, afirmando ao nosso repórter que tudo começou por ser uma brincadeira que ganhou contornos sérios, quando se percebeu a viabilidade e interesse público do projecto.
É assim que constrói um futuro, afirmou ele, limpo de todos os indesejáveis na nossa terra e de todos aqueles que não partilham o nosso modo de ver e sentir a comunidade e o bem comum.
Bem haja quem assim pensa e tem coragem de agir, acrescentamos nós aqui no AVP, tristes por não nos termos lembrado de tal ovo de Colombo para Alhos Vedros.
Mas como bem escreveu há um par de dias um estudioso local, estamos condenados a estagnar enquanto os outros encontram as vias do Progresso.

AV1 texto, boneco do AV2

1 comentário:

Anónimo disse...

Bem....eu cá tenho liccança de uso e porte de arma....